domingo, 10 de janeiro de 2016

MISTERIOSO ALINHAMENTO CÓSMICO DATA 04 02 2015



Novas observações feitas utilizando o  VLT (Very Large Telescope) do ESO, no Chile, revelaram alinhamentos nas maiores estruturas já descobertas no Universo. Uma equipe de pesquisadores descobriu que os eixos de rotação dos buracos negros centrais supermassivos e os quasares encontram-se paralelos entre si ao longo de distâncias gigantescas, ou até inimagináveis, de bilhões de anos-luz. Outra descoberta muito curiosa é que os eixos de rotação desses quasares tendem a alinhar-se com as grandes estruturas de rede cósmica.

Os quasares são núcleos galáticos onde existem buracos negros supermassivos altamente ativos, e esses buracos negros estão rodeados de discos de matéria extremamente quente, em alta rotação, que muitas vezes é ejetado na direção de seus eixos de rotação. O brilho dos quasares é tão alto que ele pode ser mais intenso do que todas as estrelas da galáxia onde se encontram.

Uma equipe liderada por Damien Hutsemékers da Universidade de Liège, na Bélgica, utilizou o instrumento FORS, do VLT, para estudar 93 quasares que supostamente formavam grandes grupos espalhados ao longo de bilhões de anos-luz,  quando o Universo tinha cerca de um terço da sua idade atual.
Concepção artística com detalhes incríveis da “Estrutura em Larga Escala”, onde a distribuição de matéria escura aparece em azul e a distrinuição de gás em laranja. Essa simulação mostra o estado atual do Universo, num aglomerado de galáxias massivo.  Essa região tem uma dimensão de 300 milhões de anos luz.  Créditos: Illustris Collaboration
Quando os astrônomos observaram a distribuição dessas galáxias em escalas de bilhões de anos-luz, perceberam que os objetos não se encontram uniformemente distribuídos, e que na verdade eles formam uma rede cósmica de filamentos e nós, em torno de enormes vazios onde as galáxias são mais escassas. Este arranjo de matéria é conhecido como estrutura em larga escala.

Os novos resultados do VLT indicam que os eixos de rotação dos quasares tendem a posicionar-se paralelamente às estruturas de larga escala, ou seja, se os quasares se encontram num filamento comprido, os buracos negros centrais apontarão na direção do filamento. Os pesquisadores estimam que a probabilidade destes alinhamentos serem simplesmente uma coincidência é menor do que 1%.

A equipe não conseguiu observar de forma direta os eixos de rotação  ou os jatos dos quasares, mas mediram a polarização da radiação emitida por cada quasar, e para cada 19, foi encontrado apenas um sinal polarizado negativo.


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A direção desta polarização, combinada com outras informações, possibilitou a dedução do ângulo do disco de acreção e a direção do eixo de rotação de cada quasar.

Novas observações deverão ser feitas a fim de encontrar um indicatório ainda mais preciso sobre esses estranhos alinhamentos cósmicos, que até o momento não têm explicação.

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