sábado, 27 de novembro de 2010

DR. MIGUEL NICOLELIS NEUROCIENTISTA

A revista do respeitado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) publicou em 2004 a lista das dez tecnologias que vão mudar o mundo e a invenção do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis foi a número um.

Em breve, ele estremecerá a comunidade científica com a publicação de um estudo que abre caminho para recuperar o movimento de paralíticos. Nicolelis já tinha feito macacos controlarem com o cérebro um braço mecânico para jogar videogame e no mês passado, pela primeira vez, reproduziu a experiência com seres humanos na Universidade de Duke. "Criamos um método para registrar a atividade de centenas de células cerebrais simultaneamente e conseguir olhar, pela primeira vez na história da neurociência, como um grande circuito neural funciona. Tudo o que fazemos depende da atividade elétrica coordenada de milhões de células, espalhadas pelo cérebro, que definem nossa memória, nossos anseios, nossos medos, movimentos e falas. Tudo o que representa a atividade humana e de outros mamíferos depende de grandes circuitos cerebrais. Um dos grandes mistérios é como estes circuitos funcionam. Essa é a grande fronteira e foi o que identifiquei como a grande questão da ciência moderna. Todo mundo achou que eu era louco na época."
Os macacos aprenderam a usar o seu próprio pensamento, os sinais elétricos que vêm do seu cérebro, para mover um braço mecânico. Qualquer pensamento é definido por essa tempestade elétrica que invade nosso cérebro, tudo o que a equipe do prof. Nicolelis imaginou está sendo codificado por esta grande onda elétrica que varre o cérebro e a questão é como isso acontece.

O que foi mostrado é que com esta técnica pode-se treinar um animal para usar sua atividade cerebral para controlar um braço mecânico. O animal aprendia a usar o braço mecânico para jogar uma grande variedade de videogames. "O animal aprendia com informações que recebia do robô. Temos evidências de que o cérebro do animal incorporou esse braço mecânico como se fosse um terceiro braço. A partir daí, ele não tinha dificuldade para utilizar o braço mecânico ou o seu próprio braço. Quando aprendia que podia usar o braço mecânico, ele relaxava totalmente os músculos de seu próprio braço e confiava no braço mecânico para realizar as tarefas. Isso ofereceu uma prova de que pacientes que não podem se mexer mas conseguem pensar em como se mexer, já que o aparato cerebral ainda está presente, um dia vão recuperar os movimentos. Se você tem uma lesão na medula, a razão pela qual você não pode se mexer é que os sinais produzidos no cérebro não chegam nos músculos. Nossa idéia é criar um desvio dessa lesão e pegar os sinais que estamos tirando do cérebro e enviá-los para um braço mecânico ou para o próprio braço do paciente e assim reproduzir suas intenções motoras.

"Ainda não fiz um paralítico andar, mas é o grande sonho, estamos chegando lá. Vai acontecer mais depressa do que imaginamos. Os cientistas aprendem a não fazer previsões do futuro, mas tenho a sensação de que com a experiência das últimas semanas cortamos em alguns anos o futuro. Esta pesquisa específica começou há sete anos. Um marcapasso cerebral transmitiria sinais do cérebro para um braço mecânico que não precisará estar do lado do paciente. Mostramos que um macaco podia controlar um braço mecânico aqui na Universidade e pela internet, enviamos os sinais para o MIT, em Boston. O robozinho de Boston foi controlado ao mesmo tempo do que o de Duke pelo macaco". O estudo, coordenado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, foi publicado na primeira edição da revista eletrônica Public Library of Science - Biology (PloS Biology). Sua equipe demonstrou como duas fêmeas de macaco rhesus foram capazes de aprender a manipular um braço mecânico por meio de dispositivos de interface entre cérebro e máquina (BMIs na sigla em inglês).

Antes de começar os testes com os BMIs, os cientistas treinaram durante meia hora os macacos para realizarem tarefas que consistiam em alcançar e segurar objetos representados num monitor (a essas ações correspondia o movimento de um braço mecânico real). Nessa primeira fase, a manipulação dos objetos era controlada por um joystick. Durante os testes, foram medidos e registrados pelos eletrodos implantados nos macacos os tipos de sinais cerebrais que indicavam a posição, força e velocidade da mão e os eletromiogramas de diversos músculos (registro gráfico dos potenciais elétricos gerados pelo músculo durante sua ativação). O chip interpreta as ondas cerebrais por uso de modelos matemáticos em tempo real. "Isso é algo que só nós desenvolvemos. Os modelos matemáticos rodam em tempo real e permitem fazer a tradução dos sinais elétricos do cérebro para comandos computacionais que o robô pode entender. Criamos a interface cérebro-máquina"

Numa segunda etapa, a ação passou a ser controlada diretamente pelos sinais cerebrais dos macacos (mediados pelos BMIs), e não mais pelo joystick. Esses sinais eram decodificados matematicamente por um computador graças à comparação com o registro anterior dos parâmetros motores. Por algum tempo, os animais continuaram mexendo o joystick, mas logo aprenderam que não precisavam comandá-lo para mover os objetos no monitor e, assim, manipular o braço mecânico. A análise dos sinais cerebrais mostra que os macacos assimilaram o braço mecânico como se fosse seu próprio membro, o que mostra a grande plasticidade de seu cérebro. A incorporação de ferramentas como extensão do organismo também ocorre em seres humanos. Carros, por exemplo, estão tão inseridos em nosso cotidiano que são percebidos como extensão de nosso corpo. Com a análise dos sinais nervosos durante os testes, os cientistas perceberam que os circuitos cerebrais se reorganizavam para se adaptar à nova situação. As propriedades fisiológicas dos neurônios mudavam quando o modelo de controle era transferido, o que reflete mais uma vez a maleabilidade do cérebro mesmo em indivíduos adultos e não só em jovens, como se imaginava anteriormente. Embora ainda não esteja claro em que regiões do cérebro os eletrodos devem ser instalados para a execução eficaz do movimento, os pesquisadores sugerem que as mais indicadas seriam as áreas frontal e parietal, pois o comando de movimentos musculares complexos se dá nessas regiões.

Miguel Nicolelis, que tem vindo freqüentemente ao Brasil, está empenhado na construção do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, RN. Em 2004 o Conselho Universitário da UFRN fez a concessão definitiva dos 100 hectares para a contrução do complexo: Instituto de Pesquisa, Escola para toda a vida e Centro de Acompanhamento Mental Infanto-Juvenil. Nicolelis foi apontado na lista da ‘Scientific American’, The 2004 Scientific American 50 List of Winners, na área de neurociências.

O Instituto Internacional de Neurociência de Natal (IINN) começou a funcionar em meados de 2006. Ocupa nesse instante um prédio alugado de 1.500 metros quadrados numa rua simples da capital do Rio Grande do Norte, bem próxima à Favela Viasul, enquanto vão subindo as formas mais ambiciosas e sólidas de sua sede própria no campus da Escola Agrícola de Jundiaí, pertencente à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Macaíba, pequena cidade a uns 20 quilômetros de Natal. São três prédios, explique-se, porque um é destinado ao centro de saúde materno-infantil do projeto, outro ao centro de pesquisa propriamente e um terceiro ao centro de educação comunitária. Por aí já se percebe que Nicolelis e seus companheiros mais próximos pensam a pesquisa de ponta articulada com ação social, e disso eles não fazem nenhum segredo. Tanto que na sala de espera da sede atual do IINN, que também abriga a Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa (AASDAP), uma placa na parede informa aos visitantes que essa organização de sociedade civil de interesse público (Oscip), criada por eles em 17 de abril de 2004 justamente para viabilizar o instituto, “tem como objetivo a gestão de recursos próprios e de terceiros para a implantação de projetos sociais e de pesquisa científica”. Prossegue: “Fundamenta-se na concepção de que a ciência de ponta pode, em países em desenvolvimento como o Brasil, servir como um poderoso agente de transformação social e econômica de comunidades localizadas em regiões carentes do território nacional”.

Carlos Assis enviou Mensagem semelhante
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CONEXÃO ENTRE FENÔMENOS QUÂNTICOS

Dois pesquisadores descobriram uma conexão inesperada e surpreendente entre as duas propriedades fundamentais da física quântica.

O resultado está sendo anunciado como um avanço radical no entendimento da mecânica quântica, dando novas pistas para os cientistas que procuram compreender os fundamentos do funcionamento do mundo em escala atômica.

Um dos aspectos mais estranhos da teoria quântica é que é impossível saber certas coisas simultaneamente, como o momento e a posição de uma partícula - conhecer uma dessas propriedades afeta a precisão com que você pode conhecer a outra.

Outro aspecto estranho é o fenômeno da não-localidade, que se mostra no bem conhecido entrelaçamento quântico.

Quando duas partículas ficam entrelaçadas, elas se comportam como se estivessem coordenadas entre si, como se estivessem "trocando informações" à distância, de uma forma totalmente estranha à intuição clássica sobre partículas fisicamente separadas. Wehner e Oppenheim mostraram que eles estão intrinsecamente ligados.

A não-localidade determina como duas partículas distantes podem coordenar suas ações sem trocar informações.

Os físicos acreditam que, mesmo na mecânica quântica, a informação não pode viajar mais rápido do que a luz. Acontece que a mecânica quântica permite que duas partículas se coordenem muito melhor do que seria possível se elas obedecessem às leis da física clássica.

Na verdade, as ações das partículas entrelaçadas são de tal maneira coordenadas que parece que uma é capaz de falar com a outra. Foi por isto que Einstein chamou esse fenômeno de "ação fantasmagórica à distância".

E isso não é tudo. Os fantasmas podem ser ainda mais assustadores, porque é possível ter teorias que permitem que partículas separadas e distantes uma da outra coordenem suas ações muito melhor do que a natureza permite - e sem depender de que a informação viaje mais rápido do que a luz.

"Seria ótimo se pudéssemos coordenar melhor nossas ações a longas distâncias, o que nos permitiria resolver muitas tarefas no processamento de informações de forma muito eficiente," diz Wehner. "No entanto, a física deveria ser fundamentalmente diferente. Se quebrarmos o princípio da incerteza, não podemos imaginar como o nosso mundo seria."

Segundo os pesquisadores, sua descoberta é "à prova de futuro" e se aplica a todas as teorias que buscam encontrar uma teoria quântica da gravidade.

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

VIA LÁCTEA "NÓS ESTAMOS AQUI"

GOOGLE IMAGENS

LUZ MAIS ANTIGA DO UNIVERSO

Pesquisadores trabalhando com o telescópio europeu Planck, o maior experimento de cosmologia em quase uma década, divulgaram  seu primeiro mapa celeste completo da radiação cósmica de fundo, a "luz mais antiga" do Universo.

O telescópio de 600 milhões de euros, que capta radiação com frequências abaixo do infravermelho [não visível], foi lançado no ano passado e levou seis meses para montar o primeiro mapa.

A imagem mostra a Via Láctea como uma linha brilhante atravessando horizontalmente todo o centro do mapa. Acima e abaixo dessa linha, podem ser vistas grandes quantidades de pontos amarelos. Esses pontos, tanto na Via Láctea, quanto acima e abaixo dela, representam gás e poeira cósmicas. Não são estrelas, pois o telescópio não registra luz visível.

Grande parte dessa radiação, acreditam os cientistas, originou-se 380 mil anos após o "Big Bang", quando a matéria havia se resfriado o suficiente para que a formação de átomos fosse possível.

Antes disso, o cosmos seria tão quente que matéria e radiação estariam acopladas, e o Universo seria opaco.

Um dos principais objetivos do projeto é encontrar evidências para a "inflação", a expansão do incipiente Universo a velocidades acima da velocidade da luz.

Segundo a teoria, se essa "inflação" ocorreu, ela deveria estar registrada na radiação cósmica de fundo e seria passível de detecção.

O telescópio Planck é uma das principais missões da ESA [agência espacial europeia, na sua sigla em inglês]. Lançado em 2009, encontra-se a mais de um milhão de quilômetros da Terra.

Ele carrega dois instrumentos para registrar o céu em nove bandas de frequência. O instrumento de alta frequência opera entre 100 e 857 GHz; o instrumento de baixa frequência opera entre 30 e 70 GHz.  Até 2012, o aparelho terá construído quatro mapas do Universo.

BBC News
New Scientist
Jornal Folha de São Paulo

terça-feira, 23 de novembro de 2010

INVISIBILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL

Que os metamateriais estão permitindo a criação de mantos da invisibilidade cada vez mais aprimorados tudo o mundo já sabe.

Mas agora o professor Martin McCall e seus colegas da Universidade College London estenderam matematicamente o conceito para demonstrar que é possível criar um manto da invisibilidade capaz de esconder eventos inteiros.Um "editor da história" como eles o chamam.

"A luz normalmente se desacelera quando entra em um material, mas é teoricamente possível manipular os raios de luz de forma que algumas partes acelerem e outras desacelerem," diz McCall.

Em vez de ser curvada no espaço, no esquema proposto pelos matemáticos, a luz se "abre" - a metade desse "leque de luz" acelera e chega antes de um evento, enquanto a outra metade fica para trás e só chega depois que o evento já ocorreu. Isto significa que, durante um breve período, a cena não fica iluminada, e nada que acontecer lá nesses momentos poderá ser visto.

Cria-se assim um manto da invisibilidade espaço-temporal, ou uma camuflagem de eventos, como os cientistas chamam essa espécie de corredor temporário, no qual energia, matéria ou informações podem ser manipuladas ou transportadas sem que se possa detectar.

"Se alguém estiver se movendo ao longo do corredor, parecerá a um observador distante que essa pessoa se moveu instantaneamente, criando a ilusão de um teletransportador tipo Jornada nas Estrelas," diz McCall. "Então, teoricamente, essa pessoa poderá ser capaz de fazer algo e você não perceber!.

É claro que as dimensões e os tempos envolvidos são pequenos demais para se imaginar algo prático nas dimensões humanas. Mas o Dr. Paul Kinsler, que ajudou a criar o conceito da invisibilidade espaço-temporal já fez uma demonstração usando fibras ópticas que mostra que a ideia poderá ser útil na computação e no processamento de sinais.

Um canal de dados poderia, por exemplo, ser interrompido para executar um cálculo prioritário em um canal paralelo durante o funcionamento da camuflagem de eventos. Para as partes externas do circuito, fora do corredor de camuflagem, seria como se aquele canal estivesse processando informações de forma contínua.

Imagine os canais de dados como se fossem uma avenida com trânsito intenso, na qual você quer abrir uma passagem para que um pedestre atravesse, mas sem parar o tráfego.

Uma parte dos carros corresponderá à seção dianteira do leque de luz - esses carros vão andar mais rapidamente. O grupo de carros imediatamente a seguir corresponderá à seção traseira do leque de luz - esses carros vão andar mais lentamente. Isso cria uma lacuna no meio, por onde o pedestre pode atravessar. Um observador que olhe tudo de longe só verá o fluxo constante de tráfego.

Uma questão que surgiu durante o desenvolvimento da teoria foi como acelerar a transmissão de dados sem violar as leis da relatividade. Os cientistas resolveram o problema idealizando um metamaterial inteligente, cujas propriedades variam tanto no espaço quanto no tempo, permitindo a criação do corredor camuflado.

"Temos certeza que existem muitas outras possibilidades abertas pela nossa introdução do conceito de invisibilidade no espaço-tempo," diz McCall "mas como, nesta fase, ela ainda é teórica, é preciso desenvolver os detalhes concretos para as aplicações que propomos."

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domingo, 21 de novembro de 2010

QUINTESSÊNCIA O QUINTO ELEMENTO

O Quinto Elemento
 
O quinto elemento  é a energia pura emanada do centro criador, presente em todos os compostos. Os sábios o consideram a causa ou origem dos outros quatro elementos. É o poder espiritual presente em todos os mistos. É a chamada Quinta Essência dos antigos e verdadeiros alquimistas.

O termo "Quinta Essência" provavelmente foi primeiramente elaborado pelo filósofo Aristóteles, que considerava que o universo era composto de quatro elementos principais, a saber: terra, água, ar e fogo. Segundo a sua tese, além destes, deveria haver uma substância etérea que ineterpenetra em todos os compostos e impedindo os corpos celestes de caírem sobre a Terra. Depois disso; muita discussão se transcorreu entre alquimistas ou não, sobre a existência, a natureza e a qualidade desse elemento primordial do qual tudo se origina e no qual tudo se mantém. Isaac Newton foi quem mais defendeu a existência dessa "quintessência" em suas teorias e discussões sobre os conceitos de matéria e energia. Muitas vezes, Newton deixou transparecer a sua crença em uma força imaterial presente nos corpos materiais e nas formas de energia. Ele admitia que matéria e luz comunicavam-se por algo desconhecido pela ciência. Em suas teorias sobre a propagação das vibrações dos corpos, chamava essa essência desconhecida pelo sugestivo nome de "espírito da matéria".
 
De Aristóteles aos cientistas modernos, muito já se cogitou sobre a força oculta presente em todas as coisas.  Em 1998, três astrofísicos da Universidade de Pensilvânia mencionaram o termo "Quinta Essência" para designar um campo dinâmico quântico que é gravitacionalmente repulsivo.
 
Hoje; a ciência já está quase confirmando a realidade da existência de um quinto elemento através da Física Quântica. No entanto; devemos reconhecer que ainda há uma grande barreira separando a ciência tradicional da grande realidade espiritual que nos cerca. O ceticismo da ciência é um impecilho no caminho para a descoberta de que há um Poder Cósmico manifestado e manifestando-se em tudo. Há raras exceções ao ceticismo acadêmico, como o próprio Isaac Newton, cientista altamente espiritualizado que como legado nos deixou um vasto conhecimento científico. Mas suas teorias nos provam que ele, além de ter adquirido grande inteligência, possuía também a sabedoria. Eis uma frase célebre de Newton que nos convida a pensar que é possível haver uma comunhão entre a ciência e a espiritualidade:
 
Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. (Isaac Newton).

Esperamos que a ciência atual evolua cada vez mais para curar as mazelas que afligem a humanidade. Para tanto, reconhecemos que será necessário agir com uma razão lógica absoluta que dissipe toda a superstição que possa pairar sobre a humanidade. Mas isso não significa deixar de lado aquilo que desconhecem ou são incapazes de perceber com seus aparelhos avançados porém inapropriados para serem capazes de visualizar os aspectos mais sublimes da energia e da luz. É necessário que a comunidade científica tenha a humildade para reconhecer que nem tudo pode ainda ser medido ou experimentado por seus meios e métodos de trabalho e análise. E, como Isaac Newton ou Albert Einstein, serem capazes de adquirirem conhecimento, mas não apenas isso. Também é necessário adquirir sabedoria. Aí sim, ciência e religião se unirão numa coisa só e tudo o que o homem realmente precisa para dar um salto evolutivo, aparecerá do nada como resposta à sua capacidade de enxergar o que estava oculto à sombra de sua própria ignorância.

Há uma resposta para todas as buscas e uma solução para todas as aflições humanas. Basta apenas utilizar-se dos meios adequados para tal. Essa solução mágica que pode curar o mal está necessariamente no mesmo local de onde o mal se originou... na fonte de tudo... no Quinto Elemento. Aí está a fonte dos milagres a que a ciência deve recorrer reconhecendo que tudo é um milagre, a começar pelo próprio conhecimento adquirido através da ciência. Albert Einstein já dizia: Só existe duas formas de viver a vida. A primeira é pensando que o milagre não existe; a outra é pensando que tudo é milagre.

A busca maior da alquimia interior, consiste na manutenção deste Quinto Elemento, através de técnicas químico-espirituais que visam a obtenção dessa Energia Sagrada para finalidades diversas. Em magia, essa mesma energia é denominada Akasha. Quem aprende a dominar e utilizar essa força torna-se um ser iluminado. Geralmente tal insight só ocorre depois de muitos anos de estudo e meditação quando, trabalhando secretamente no laboratório da alma, o iniciado  compreende a simplicidade do Ser Absoluto e a sua Onipresença e Onipotência. Percebendo que tudo deriva-se dessa coisa única, passa a trabalhar em harmonia com suas Leis e Princípios e em tudo o que vê, sente, toca, consome; sente a presença viva do Divino, do Quinto Elemento.

Quem assimila esse conhecimento torna-se capaz de realizar coisas que a ciência materialista dificilmente conseguirá em suas pesquisas simplórias, que leva em conta apenas o lado visível e paupável dos seus objetos de estudo, deixando de lado o estudo da Essência Espiritual presente em todas as coisas. O Alquimista vai além do químico em suas pesquisas justamente quando ultrapassa em seus estudos a análise materialista dos elementos, acrescentando o tal Quinto Elemento em seus estudos. A própria palavra Alquimia que vem do do árabe, al-khimia, significa a Química de Alá. Al ou Al-lah, em árabe, significa Ser Supremo ou Deus Todo-Poderoso. Khimia significa química. Assim a Alquimia significa a Química de Deus ou a Ciência Sagrada. Aí está o segredo da Pedra Filosofal, do Elixir da Longa Vida apregoados pelos alquimistas como a chave para a transmutação. Eis um segredo revelado: quem adquire o conhecimento sobre os quatro elementos pode fazer manipulações na matéria, quem aprende, compreende e aplica o conhecimento com base na utilização dos cinco elementos, acrescentando o Divino aos quatro anteriores, pode transmutar as coisas... transformar chumbo em ouro.

O estudo dos quatro elementos: ar, água, terra e fogo, tem quase sempre um objetivo intermediário para se chegar ao conhecimento do Quinto Elemento que consiste na Quintessência alquimista. Através de técnicas de trabalho e oração, o Alquimista da Alma consegue penetrar na essência dos materiais e se apoderar da Energia Divina aprisionada em todos os mistos. Alguns o chamam de Pedra Filosofal, outros o chamam de Ovo Filosófico, outros Licor Alkhaest, Elixir da Longa Vida, etc, etc. Assimilar o poder do Quinto Elemento ou da Energia Cósmica Criadora presente em todas as coisas, para o Alquimista, consiste na proeza do que chamam "realização da Grande Obra". Mas tal proeza não está limitada a alguns poucos iluminados que se debruçaram sobre enciclopédias inteiras buscando encontrar o segredo oculto por trás de todas as coisas. Eu, você, qualquer um dos seres humanos que habitam a face da terra podemos nos apropriar desse quinto elemento, na medida de nossas capacidades.

Ore e trabalhe.
Eis o segredo para se canalizar cada vez mais uma porção maior do Quinto Elemento em nosso dia-a-dia.

Orat e Labora, diziam os sábios alquimistas: 
O  significado da palavra laboratório pode ter tido sua origem nestes termos, do Latim: ore e trabalhe. Eis o segredo maior da alquimia

rancisco Ferreira (Mr. Smith) 13:22 5/5/2007

glesp.org.br/artigos/116-o-quinto-elemento.html

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EXPANSÃO E VIBRAÇÃO PERPÉTUA DO UNIVERSO

Se a radiação do fundo do Universo fosse totalmente homogênea, não haveria formação de estrelas nem de galáxias. A matéria se acumula onde há uma pequena redução na temperatura da radiação, representada na figura por um vale. Esta simulação computacional feita por M.White, mostra como a interação gravitacional aumenta o constraste inicial. 
 
Durante a expansão, todos os objetos se afastam um dos outros e a luz vai aumentando de comprimento de onda. A radiação do fundo do Universo, que é uma emissão em microndas no presente e é chamada de Cosmic Microwave Background, contribui com 1% do ruído das transmissões de sinais por antenas – não por cabo.

paxprofundis.org/

sábado, 13 de novembro de 2010

RAIOS ASCENDENTES SOBEM DA TEMPESTADE PARA O ESPAÇO


Cientistas americanos capturaram a imagem de um raio com mais de 64 km de comprimento subindo de uma tempestade em direção ao espaço.

Esses eventos meteorológicos, subindo em direção às camadas inferiores do espaço, são vistos muito raramente e costumam ser chamados, em inglês, de gigantic jets, ou jatos gigantes, em tradução literal.

Embora não ocorram toda vez que há um raio, esses fenômenos tendem a ser muito mais longos do que os raios descendentes.

"Apesar de condições de visibilidade resultantes de lua cheia e neblina na atmosfera, fomos capazes de capturar o jato gigante", disse o líder do estudo, Steven Cummer, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.

O estudo de Cummers foi publicado esta semana na revista científica Nature Geoscience. Imagens de jatos gigantes só foram registradas cinco vezes desde
2001.

A imagem do raio e as medidas do campo magnético obtidas pelos pesquisadores  estão permitindo que os cientistas tenham uma compreensão melhor desses eventos raros.

"Esta confirmação das descargas elétricas visíveis se estendendo a partir do topo da tempestade em direção à borda da ionosfera [região da atmosfera situada acima de 50 km de altitude] oferece importantes revelações sobre processos que ocorrem no circuito elétrico global da Terra", disse Brad Smull, diretor da National Science Foundation, entidade que financiou o estudo.

"Nossas medições mostram que jatos gigantes são capazes de transferir
descargas elétricas significativas para as camadas inferiores da ionosfera",
disse Cummer."O que nos surpreendeu foi o tamanho do evento", acrescentou.

Segundo Cummer, as medições feitas por sua equipe sugerem que as descargas de eletricidade produzidas por raios descendentes e ascendentes sejam semelhantes.

Entretanto, os jatos gigantes viajam mais longe e mais rápido do que os raios convencionais, porque o ar mais rarefeito entre as nuvens e a ionosfera oferece menor resistência.

Os cientistas não sabem que condições meteorológicas ou tipos de tempestades favorecem a ocorrência de jatos gigantes.
Especialistas têm dificuldade de obter imagens dos raios ascendentes porque, além de raros, têm duração tão curta que as câmeras precisam estar apontadas para eles no momento preciso em que ocorrem.

Ele mantém uma câmera de vídeo apontada para o céu e programada para começar a filmar quando condições meteorológicas específicas ocorrem.

Simultaneamente, um outro aparelho mede constantemente emissões de rádio na mesma região para capturar eventos elétricos. Um sistema de navegação por satélite garante que todas as leituras dos aparelhos sejam sincronizadas.O equipamento, no entanto, tinha sido ajustado para fotografar um outro fenômeno.

O pesquisador planeja instalar uma câmera de luz baixa e alta velocidade para capturar imagens de jatos gigantes em cores, o que pode oferecer informações adicionais sobre os processos químicos e as temperaturas associadas ao fenômeno.

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UNIVERSO REPLETO DE OUTRAS TERRAS

O estudo indica que sistemas planetários como o nosso Sistema Solar
são comuns e que quase um quarto de todas as estrelas parecidas
com o Sol pode ter planetas de tamanho semelhante ao da Terra
Imagem: NASA/JPL-Caltech/UC Berkeley

Cerca de 23 por cento das estrelas semelhantes ao Sol podem ter pelo menos um planeta do tamanho da Terra. Andrew Howard e seus colegas do telescópio
Keck, no Havaí, usaram medições Doppler para estudar 166 estrelas
semelhantes ao Sol em busca de planetas com massas entre três e 1.000 vezes o tamanho da Terra.

Os astrônomos encontraram um total de 33 planetas orbitando em torno de 22 das estrelas estudadas, uma proporção muito mais elevada do que qualquer previsão anterior.

Também ao contrário do que se previa, não há uma "falta de planetas" com massas de cinco a 30 vezes a da Terra, como modelos anteriormente previram.

Quanto às "outras terras", os resultados confirmam que a ocorrência de planetas tende a aumentar - e não a diminuir - conforme diminui a massa dos planetas. Pelos cálculos da equipe, planetas do tamanho de Netuno para baixo são muito mais comuns que os planetas gigantes gasosos, como Júpiter.

Se os cálculos estiverem corretos, isto significa que sistemas planetários como o nosso Sistema Solar são comuns e que quase um quarto de todas as estrelas parecidas com o Sol pode ter planetas de tamanho semelhante ao da Terra.

Os astrônomos estudaram 166 estrelas das classes G e K localizadas a até 80 anos-luz da Terra.

O Sol é a mais conhecida estrela do tipo G, que são amarelas. As estrelas do tipo K são um pouco menores e têm cor laranja ou vermelha.

O estudo procurou determinar a quantidade, a massa e a distância orbital dos planetas dessas estrelas. O trabalho usou tanto observações diretas quanto estimativas, uma vez que, das estrelas analisadas, apenas 22 têm planetas que já foram detectados diretamente.

"De cada 100 estrelas parecidas com o Sol, uma ou duas têm planetas com massa semelhante à de Júpiter, seis parecidas com a de Netuno e 12 têm entre três e dez vezes a massa terrestre. Se extrapolarmos a relação para planetas do tamanho da Terra, podemos estimar que encontraremos cerca de 23 deles para cada 100 estrelas", disse Howard.

"Essa é a primeira estimativa, baseada em medidas reais, da fração de estrelas que têm planetas do tamanho da Terra", destacou Geoffrey Marcy, também de
Berkeley e coautor do estudo.

"Isto significa que, quando a Nasa desenvolver novas técnicas na próxima década para tentar encontrar planetas com tamanho realmente parecido com o
da Terra, não será preciso procurar muito", disse Howard.

A NASA já tem uma fortíssima carta na manga para essa busca: o telescópio espacial Kepler, lançado em Março deste ano. A missão primária do Kepler é encontrar planetas semelhantes à Terra - planetas rochosos que orbitam
estrelas parecidas com o Sol em uma zona quente, onde a água possa se manter sobre a superfície em estado líquido - veja mais em Telescópio espacial Kepler vai começar busca por outras Terras.

Há cerca de um mês, um grupo de astrônomos anunciou a descoberta do primeiro exoplaneta dentro da "zona habitável". O resultado, contudo, vem sendo questionado por outros astrônomos, que afirmam não estarem conseguindo repetir a detecção.

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

RAIO GAMA EIXO CENTRAL DA VIA LÁCTEA


Dados do Telescópio Fermi, uma equipe de astrônomos e astrofísicos identificou uma gigantesca estrutura que abrange mais da metade do céu visível, espalhando-se a partir do eixo central da Via Láctea. A partir do centro da galáxia, as duas bolhas prolongam-se em direções opostas, cobrindo da constelação de Virgem até a constelação de Grus.

Mas como é que algo tão grande nunca havia sido visto antes?
A chave é o Telescópio Espacial Fermi, da NASA, o mais sensível detector de raios gama já lançado ao espaço. Raios gama são a forma mais energética da luz.

Astrônomos que estudaram os raios gama não haviam detectado as bolhas em parte por causa de um "nevoeiro" de radiação gama que aparece em todo o céu.

Essa neblina de alta energia surge quando partículas se movem perto da velocidade da luz interagem com a luz e com o gás interestelar na Via Láctea.

A equipe do telescópio refina constantemente seus modelos, de forma a descobrir novas fontes de raios gama obscurecidas por esta emissão difusa.

Usando estimativas da neblina de raios gama, Doug Finkbeiner e seus colegas do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos, foram capazes de "soprá-la" das imagens, desvendando as bolhas gigantes.

O que exatamente são as bolhas: "Nós não entendemos completamente nem sua natureza e nem a sua origem," diz Finkbeiner.

A equipe está realizando análises para entender melhor como a estrutura pode ter sido formada. As emissões das bolhas são muito mais energéticas do que o nevoeiro de raios gama visto em outras partes da Via Láctea.

As bolhas parecem ter bordas bem definidas. A forma da estrutura e as emissões sugerem que ela se formou como resultado de uma liberação de energia grande e relativamente rápida - cuja origem continua um mistério. Uma possibilidade inclui
um jato de partículas de um buraco negro supermaciço no centro da galáxia.

Em outras galáxias, os astrônomos observaram jatos de partículas alimentados pela matéria que cai dentro de um buraco negro central. Embora não haja evidências de que o buraco negro da Via Láctea tenha um jato assim na atualidade, ele pode ter tido no passado.

As bolhas também podem ter-se formado como resultado da ejeção de gás de uma explosão de formação de estrelas, talvez a que produziu muitos aglomerados de estrelas maciças no centro da Via Láctea, vários milhões de anos atrás.
De uma extremidade a outra, as bolhas de raios gama estendem-se
por 50.000 anos-luz, metade do diâmetro da Via Láctea.
 [Imagem: Goddard Space Flight Center]

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SOL PERFEIÇÃO CÓSMICA


Manancial de pura energia, o “astro-rei” não seria somente uma fonte de calor e luz, mas algo muito maior, um vasto gerador de força eletromagnética, contrariando àqueles que dizem ser esse brilhante corpo planetário apenas uma espécie de usina termonuclear de grandes proporções. Assim, por ser a estrela mais próxima da Terra, o Sol é o ponto mais luminoso no céu.

De minha parte, guardo profundo respeito pelo sol. Não sei o porquê, mas sinto que ali tem muito mais do que imaginamos. Quem sabe, reside naquela imensa bola de luz um algomerado de mentes iluminadas [literal e figurativamente]?

O que todos sabem é que o sol é rico em energia fotônica que não somente produz calor, mas ajuda a florescer a vida. Contudo, já se sabe que a luz não é a única responsável pela geração da vida. Se for assim, o que dizer da vida subterrânea que existe aqui mesmo neste nosso planeta? Sem contar com os vários planetas sem o sol lhes circundando que, para mim estão repletos de vida igual ou diferente da nossa. E tem ainda os tais dos buracos negros que, segundo se especula, não são sugadores de luz, mas rotas para outras galáxias situadas em dimensões diferentes da nossa.

O fato é que nunca vamos ficar efetivamente sabendo se o sol é realmente um repositório de energia mental. O que se sabe, é que os campos magnéticos da Terra são influenciados pelo sol, que por sua vez, atua sobre outros planetas do seu sistema, principalmente a lua, nosso não menos misterioso satélite. Por isso, todos os seres vivos não são afetados fisicamente pela sua irradiação, mas também no plano psíquico.

Como sempre, as hipóteses e teorias proliferam de acordo com as tendências filosóficas de acada um. Para aqueles, mais afeitos ao misticismo, as constantes tempestades solares atuam sobre o corpo extrafísico do indivíduo direta e indiretamente [nesse caso, através da influência lunar]. Os efeitos da lua, por sinal, atuariam diretamente na aura humana, dependendo do estado de espírito da pessoa.

Por outro lado, volto ao anteriormente aventado: tenho para mim que o Sol [com letra maiúscula mesmo] pode ser a própria representação divina porque nela estariam as mentes que atingiram a chamada "perfeição cósmica".

Por sinal, antigamente, os gregos chamavam o Sol de “hélios”, enquanto os egípcios o denominavam de “Ra”, representado por “Hórus”, um sol alado que simbolizava o renascimento da consciência, tal como o Sol no alvorecer.

É, finalmente, oportuno das ênfase ao famoso monge dominicano e filósofo Giordano Bruno que, certa feita, declarou o seguinte em defesa dos então excomungados, Copérnico e Galileu: “Será essa débil criatura humana o único ser digno da atenção de Deus? Não. A Terra é apenas um planeta; a destacada posição que mantém entre os astros não passa de usurpação; é tempo de destroná-la. O soberano da nossa Terra não é o homem, e sim o Sol, com a vida que se faz presente em todo o Universo.”  A mentes desses "Iluminados" jazem no astro-rei...

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LEI DA PRESERVAÇÃO DA ENERGIA SIGILO


Quem divulga seus planos com antecedência ou inoportunamente, estaria de fato propenso a falhar nos seus intentos? Pela tendência, a resposta seria sim.. Então, poderei deduzir com convicção comprovada que o sigilo seria alma do negócio? Por que isto acontece? Que influência teria o ouvinte do plano alheio? Como ela poderia atrapalhá-lo assim? Então, por qual motivo guardar um segredo de um projeto é crucial para o seu sucesso?

A chamada Lei da Preservação da Energia sugere que quanto maior for o tempo de armazenamento energético, maior será sua força. Quer dizer, quando se detém um plano, um sonho ou um empreendimento qualquer, seja ele de curto, médio ou longo prazo, maior será a probabilidade de que o projeto dê certo porque não haverá interferências de outrem [o pensamento é energia, como todos bem sabem] que poderia atrapalhar a sua consecução. Isto significa que a energia necessária para a realização do intento não será desperdiçada por causa de energias alienígenas e, por isso, seu dispêndio ficará exclusivo para ajudar na realização do projeto em foco. Então, sem querer bancar um emérito bem-sucedido, mas consciente do poder da mente para realizar qualquer coisa, asseguro-lhes que esse método é o ideal: não contar para ninguém acerca do que você pretende fazer ou está fazendo. Não que o interlocutor seja mal-intencionado. Às vezes pode até ser, mas desde que você esteja contando para essa pessoa, pressupõe-se que ela seja da sua confiança. E é justamente a preocupação desse elemento que vai atrapalhar o seu projeto de se realizar na sua plenitude.

Pelo lado místico com respeito ao sigilo, seria bom imaginar quais seriam as conseqüências se todas as secretas leis do universo fossem reveladas para qualquer um, independentemente dos seus princípios filosóficos, religiosos ou intelectuais. Uns poderia até aplicar tais leis convenientemente, mas grande parte poderia usá-las para intentos egoísticos ou para prejudicar o próximo.

Assim, o sigilo é fundamental para que nossos planos, idéias e ações sejam conscientemente planejados e, posteriormente, realizados a contento. Um plano bem analisado, com critérios será fadado para o sucesso. É o que permitirá detectar eventuais desvios antes da sua aplicação efetiva. Em síntese, devo parafrasear um eminente estudante Rosacruz para corroborar tudo que disse, mas em outras palavras: 'Enquanto o homem desperdiçar a energia dinâmica de sua mente, jamais terá força suficiente para concretizar suas idéias,visto divulgá-las antes do tempo, esgotará a reserva guardada para a consecução dos propósitos.'

Pelo silêncio, oportuno e necessário, no que diz respeito à matéria em processo de implementação, surtirá uma espécie de 'harmonização' mais depurada com as 'Hostes Celestiais' que ficarão mais à vontade para ajudá-lo no seu objetivo. Em suma, devemos guardar um segredo justamente para podermos amealhar força suficiente para a sua realização.

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

DALAI LAMA BUDISMO E CIÊNCIA

DALAI LAMA

Se não fosse um religioso, o 14º Dalai Lama poderia ter se tornado um pesquisador. Desde criança, o monge gostava de mirar as estrelas com seu telescópio. Sem estudo científico prévio, deduziu, ao observar as sombras na superfície da Lua, que o corpo celeste não emitia luminosidade, ao contrário do que ensinavam alguns textos budistas. Foi só o começo de sua relação com a ciência, que se consolidou em outubro de 1987. Nessa data, passou uma semana reunido com cinco cientistas ocidentais na Índia.

A proximidade entre o budismo e as ciências cognitivas, pauta das discussões, deu origem ao Instituto Mind and Life (Mente e Vida), sediado nos EUA. A associação, dedicada a investigar a mente por meio das tradições científicas e budistas, promove encontros anuais entre o religioso e homens da ciência. 'Em vista de alguns elementos dos ensinamentos de Buda serem incompatíveis com nosso atual conhecimento do mundo, a validação final dependerá da autoridade do raciocínio e da lógica', declarou o Dalai Lama no primeiro encontro com pesquisadores. Afinal, o próprio Buda estimulava seus discípulos a testar suas afirmações. Qualquer semelhança com o método científico é uma coincidência muito bem-vinda, que o Dalai Lama celebra em 'The Universe in a Single Atom' [O Universo em um Único Átomo], seu livro mais recente.

Por que um líder espiritual, porém, estaria tão interessado em desvendar os mistérios da física, química, cosmologia e neurobiologia? Certa vez, o Dalai Lama disse ao psicólogo Daniel Goleman, autor de 'Inteligência Emocional', que o budismo e a ciência não são perspectivas conflitantes acerca do mundo, mas métodos diferentes de chegar ao mesmo objetivo: a busca pela verdade. Para ele, investigar a realidade é essencial ao budista, e a pesquisa científica pode expandir seus conhecimentos. Entretanto, o religioso explica que sua meta ao colaborar com pesquisas neurocientíficas - principalmente as que estudam a meditação - não é aprimorar o budismo, mas contribuir para o benefício da sociedade, pois ele acredita que, com a educação da mente, as pessoas podem lidar melhor com suas emoções.

O Dalai Lama já declarou diversas vezes - e reafirma em seu novo livro - que, se a ciência provar que algum preceito budista é incoerente, ele deve ser alterado. Um exemplo disso é o 'sistema Abhidharma', uma das tradições da cosmologia no budismo. O Abhidharma descreve um planeta Terra chato, ao redor do qual corpos celestes como a Lua e o Sol revolvem. 'O budismo deveria abandonar muitos aspectos da cosmologia Abhidharma', escreve em 'The Universe in a Single Atom'. O mestre procura não apenas entender as descobertas científicas, mas também compará-las com as lições milenares do budismo. 'A descrição do comportamento de partículas subatômicas nos níveis mais diminutos possíveis traz o ensinamento de Buda sobre a natureza transitória de todas as coisas', relaciona.

Em outros aspectos, budismo e ciência divergem. O lama [mestre] conta que, certa vez, um neurocientista lhe disse que todos os estados mentais se originam de estados físicos, e nunca no caminho contrário. 'A visão de que todos os processos mentais são necessariamente físicos é uma suposição metafísica, não um fato científico. Sob o espírito da investigação científica, é fundamental que a questão continue aberta', registra na obra.

O Dalai Lama lembra que, de acordo com o paradigma corrente da ciência, o único conhecimento válido é aquele derivado de um método estritamente empírico, apoiado pela observação, inferência e verificação experimental.

Cientistas próximos ao Dalai Lama não estão livres de críticas de colegas. Um estudo de Antoine Lutz, em parceria com o psiquiatra Richard Davidson, foi alvo de controvérsias. Os pesquisadores investigaram a mente de oito monges budistas enquanto eles meditavam sobre compaixão. Os resultados foram comparados com os de um grupo de dez colegiais, que haviam aprendido a meditar pouco antes do experimento. Os autores concluíram que os monges produziram padrões de ondas gama - associadas à concentração e ao controle emocional - muito mais fortes que os dos estudantes. Porém críticos alegam que diversos fatores, como diferença de idade entre os voluntários, podem ter influenciado o resultado. Para eles, o estudo não prova que a meditação promove emoções positivas.

'É importante preservar os rigores científicos enquanto mantemos os componentes espirituais dessas práticas. Do contrário, podemos medir algo diferente daquilo que intencionamos', pondera Andrew Newberg, professor de psiquiatria da Universidade da Pensilvânia.

Não é à toa que a meditação é um forte ponto de encontro entre budistas e cientistas. Para Daniel Goleman, todas as pesquisas relacionadas à prática possuem um objetivo comum: testar a maleabilidade do cérebro. 'Há uma década, os neurocientistas acreditavam que nossos neurônios não se modificavam ao longo da vida. Hoje já sabemos que isso não é verdade, e ganham força os estudos sobre neuroplasticidade: a noção de que o cérebro muda conforme nossas experiências', conta Goleman no livro 'Emoções Destrutivas', em que descreve os debates ocorridos em um dos encontros do Mind and Life. Se o treino mental pode ajudar a produzir emoções positivas, a meditação parece ser a melhor 'ginástica' para atingir esse objetivo. Associadas ou não à religiosidade, as práticas meditativas são variadas. 'Algumas focam frases, imagens ou palavras, enquanto outras trabalham em uma 'limpeza' da mente e descanso no sentido de atingir a consciência pura', diz Newberg. 'Praticar meditação é questionar-se', complementa a monja zen Coen Sensei.

Outro estudo que despertou interesse na comunidade científica foi o da neurocientista Sara Lazar. Ela desenvolveu a hipótese de que a meditação não somente alteraria ondas cerebrais, mas também poderia modificar estruturas físicas do cérebro. Para testar sua idéia, mediu a espessura do córtex, a parte mais externa do cérebro, de voluntários com e sem experiência nas práticas meditativas. Sua equipe descobriu que áreas associadas à atenção e ao processamento sensorial no córtex eram mais espessas nos meditadores. Além disso, o estudo mostrou que a diferença era maior nos mais velhos, sugerindo que a regularidade da meditação pode minimizar o estreitamento do córtex, natural no envelhecimento. 'Nossas descobertas são consistentes com outros relatos, que demonstram que hábitos como tocar um instrumento musical também estão vinculados a um ganho de espessura do córtex', afirmam os autores.

Além de afetar ondas, função e estrutura, a meditação pode interferir na química cerebral. Um estudo do Instituto John F. Kennedy, na Dinamarca, demonstrou que, durante a prática, o nível de dopamina no cérebro aumenta. Esse neurotransmissor é relacionado a sensações de prazer e motivação. Embora seja importante confirmar os resultados, outros trabalhos sugerem que a meditação ajuda a reduzir o estresse e melhora o sistema imunológico. Alguns planos de saúde nos Estados Unidos já oferecem descontos para os associados que a exercitam com regularidade.

'Como a ciência ainda não dispõe de instrumentos para mensurar objetivamente nosso mundo interior, as práticas meditativas, não apenas do budismo, fornecem importantes informações sobre esse aspecto de nossa natureza', diz a psicobióloga Elisa Kazasa, pesquisadora da Unifesp. 'Elas podem complementar informações obtidas por meio de instrumentos científicos, como inventários psicológicos, aparelhos de registro fisiológico e a moderna neuroimagem funcional', opina. É o que também pensa Alan Wallace, ex-monge tibetano e um dos intérpretes do Dalai Lama nos encontros do Mind and Life. Wallace compara as práticas meditativas com um telescópio destinado a 'olhar para dentro', para que possamos conhecer nossa consciência.

'Acho maravilhosa essa relação entre a ciência e o budismo, já que o próprio Buda era um cientista do interior', diz o lama Michel Rinpoche. O monge ficou conhecido há alguns anos como o 'pequeno Buda brasileiro', por ter sido identificado como a reencarnação de um lama tibetano. 'No Ocidente, ciência e religião sempre caminharam separadas. Por isso, não é de se admirar que haja uma resistência dos cientistas a aceitar o budismo', afirma a psicóloga Bel César, mãe do lama Michel e ex-presidente do Centro de Dharma da Paz. 'No entanto, o budismo não é uma religião, ou seja, um conjunto de dogmas. É uma filosofia que investiga, assim como a ciência, a natureza da mente', ressalta. A psicóloga toca em um ponto fundamental: o budismo, por suas características essenciais, também pode ser definido como filosofia de vida, no lugar de religião. Talvez venha daí sua afinidade com a ciência.

DALAI LAMA NEUROCIÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO

Pesquisa mostra mudanças nos cérebros de monges, durante a meditação Pesquisadores usam meditação para investigar a mente

Para o neurocientista Andrew Newberg, da Universidade da Pensilvânia, a complexa tarefa mental da meditação é uma das áreas de estudo mais promissoras para a ciência na próxima década. O cientista realizou experimentos com monges budistas tibetanos usando a tecnologia conhecida como tomografia computadorizada por emissão de fóton único [ver quadro acima].

As imagens mostram um decréscimo, durante a meditação, da atividade do lobo parietal, área ligada à orientação temporal e espacial. A diminuição de fluxo sanguíneo nessa região pode ser a responsável pela sensação de 'flutuação' que às vezes ocorre na meditação. Já a parte frontal do cérebro, associada à atenção, está mais ativa durante a prática. 'Faz sentido, já que a meditação requer alto grau de concentração', avalia Newberg.

No Brasil, existe uma linha de pesquisa em meditação, ioga e outras técnicas complementares em saúde na Unidade de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da Unifesp, coordenada pelo professor José Roberto Leite. Essa linha iniciou-se com o doutorado da psicobióloga Elisa Kazasa. A partir de um encontro com o indiano Rishi Prabakar, criador da técnica de Siddha Samadhi Yoga, a pesquisadora elaborou um estudo sobre a prática meditativa e respiratória, o pranayama. 'Observou-se melhora de sintomas de ansiedade, depressão e baixo nível de atenção, dentre outros parâmetros avaliados', diz Elisa.

Além de afetar ondas, função e estrutura, a meditação pode interferir na química cerebral. Um estudo do Instituto John F. Kennedy, na Dinamarca, demonstrou que, durante a prática, o nível de dopamina no cérebro aumenta. Esse neurotransmissor é relacionado a sensações de prazer e motivação. Embora seja importante confirmar os resultados, outros trabalhos sugerem que a meditação ajuda a reduzir o estresse e melhora o sistema imunológico. Alguns planos de saúde nos Estados Unidos já oferecem descontos para os associados que a exercitam com regularidade.

'Como a ciência ainda não dispõe de instrumentos para mensurar objetivamente nosso mundo interior, as práticas meditativas, não apenas do budismo, fornecem importantes informações sobre esse aspecto de nossa natureza', diz a psicobióloga Elisa Kazasa, pesquisadora da Unifesp. 'Elas podem complementar informações obtidas por meio de instrumentos científicos, como inventários psicológicos, aparelhos de registro fisiológico e a moderna neuroimagem funcional', opina. É o que também pensa Alan Wallace, ex-monge tibetano e um dos intérpretes do Dalai Lama nos encontros do Mind and Life. Wallace compara as práticas meditativas com um telescópio destinado a 'olhar para dentro', para que possamos conhecer nossa consciência.

'Acho maravilhosa essa relação entre a ciência e o budismo, já que o próprio Buda era um cientista do interior', diz o lama Michel Rinpoche. O monge ficou conhecido há alguns anos como o 'pequeno Buda brasileiro', por ter sido identificado como a reencarnação de um lama tibetano. 'No Ocidente, ciência e religião sempre caminharam separadas. Por isso, não é de se admirar que haja uma resistência dos cientistas a aceitar o budismo', afirma a psicóloga Bel César, mãe do lama Michel e ex-presidente do Centro de Dharma da Paz. 'No entanto, o budismo não é uma religião, ou seja, um conjunto de dogmas. É uma filosofia que investiga, assim como a ciência, a natureza da mente', ressalta. A psicóloga toca em um ponto fundamental: o budismo, por suas características essenciais, também pode ser definido como filosofia de vida, no lugar de religião. Talvez venha daí sua afinidade com a ciência.

Dalai Lama
conhece o laboratório de Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin  e conversa com o cientista Steve Kosslyn, no encontro  do Instituto Mind and Life

'O conhecimento humano é setorizado para facilitar nossa compreensão', afirma a professora Lia Diskin, fundadora da Associação Palas Atena, organizadora da visita do Dalai Lama ao Brasil. 'Não se trata de juntar as duas disciplinas, mas abrir comportas para uma fecundar a outra', diz Lia sobre a relação entre o budismo e a ciência. Porém ela ressalta que a ciência não pode ser invocada para explicar o indemonstrável. 'Não se pode utilizá-la para validar a reencarnação, que faz parte de um universo desconhecido', opina.

A ampla gama de práticas e ensinamentos pertencentes ao domínio do budismo certamente vai continuar a instigar os cientistas a ampliarem seus conhecimentos e irem além do universo material já conhecido. Se depender da vontade do Dalai Lama, a recíproca continuará a ser verdadeira. 'Suponho que minha fascinação pela ciência ainda se encontra em um encantamento inocente pelas maravilhas que ela pode alcançar', escreve. Aos 70 anos, Dalai Lama continua com o mesmo espírito curioso da infância, quando estudava astronomia por conta própria e desmontava relógios para ver como as engrenagens funcionavam.